No final do século XIX a bicicleta chega ao Brasil, vinda da Europa, e os primeiros relatos de sua existência em são no Paraná, mais precisamente em Curitiba, cidade que recebeu muitos imigrantes europeus desde a segunda metade do século XIX e em São Paulo.
Na capital paranaense, em 1895, já existia um clube de ciclistas organizados por imigrantes da colônia alemã local e em São Paulo, dona Veridiana da Silva Prado constrói a primeira praça do país contendo um velódromo. Esta praça era dentro de sua chácara, na região da consolação (atualmente é a Praça Roosevelt), em 1895. Logo em seguida é fundado, na capital paulistana, o Veloce Club Olímpico Paulista; porém, não podemos afirmar, com toda a certeza, que foi no sul ou sudeste do Brasil a primeira aparição do "veículo", mas como a incidência muito grande de imigrantes europeus no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente de alemães (inventores do velocípede), e as famílias abastadas de São Paulo, indicam uma grande probabilidade de que é nestas regiões que ocorreram os primeiros passeios de bicicleta, vindas do velho continente. Isso porque a bicicleta era um produto muito distante para a realidade brasileira entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, pois o custo de importação era muito elevado, associando a inexistência de fabricante em território brasileiro.
Com os adventos da Primeira Guerra Mundial e a crise americana de 1929, a industria ciclística brasileira restringia-se a fabricação de selim e paralamas, as marcas de bicicletas que dominavam o mercado eram: Bianchi, Lanhagno, Peugeout, Dupkopp, Phillips, Hercule, Raleigh, Prosdócimo, Singer, Caloi e Monark, todas importadas da Europa ou dos Estados Unidos, sendo vendidas em lojas como: Prosdócimo, Casa Luis Caloi, Mappin Stores e Casa Muniz (Prosdócimo, Monark e Caloi, por exemplo, eram bicicletas montadas no Brasil, sendo suas peças importadas dos seus países de origem). A virada desta situação começou em meados da década de 1940, quando houve dificuldades de importação das peças em função da Segunda Guerra Mundial. Empresas como Caloi, Monark e IRCA (Irmão Caloi, uma cisão da família Caloi) passaram a produzir grande parte das peças e a partir da década de 1950, as bicicletas destas marcas eram produzidas integralmente no Brasil, graças ao governo de Getúlio Vargas, que visando fortalecer a indústria nacional e a criação de postos de trabalho, aplicou um corte drástico nas cotas de importação dos bens de consumo, atingindo as montadores de bicicletas.
Entre a década de 1950 e os anos de 1970, o Brasil possuíl trinta fabricantes que produziam aproximadamente 50 marcas/modelos de bicicletas. Mas a partir da década de 1980, apenas duas fábricas: a Caloi e Monark, dominavam 95% do mercado, mesmo assim, houve um novo impulso na fabricação e vendas neste nicho de mercado, graças ao empenho dos fabricantes em juntar forças entre sí, ao criarem, em 1976, a ABRACICLO (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Motonetas, Bicicletas e Similares).
Referencia: WIKIPÉDIA.
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